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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ubuntu





Fábio Trancolin

Entre os vários e-mails que recebo diariamente um em especial me chamou a atenção. Ele traz a história que a jornalista e filósofa Lia Diskin contou em um encontro do Festival Mundial da Paz. Ela relata um caso que aconteceu na África em uma tribo chamada “Ubuntu”. Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta para a casa. Restava-lhe muito tempo, então, propôs uma brincadeira para as crianças, que ele achou ser inofensiva. Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade e colocou em um cesto bem bonito com um laço de fita e deixou debaixo de uma árvore. Então chamou as crianças e combinou, quando ele dissesse “já!” elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces. As crianças se posicionaram na linha demarcada que ele desenhou no chão e esperam pelo sinal combinado. Quando ele disse ‘já!’ instantemente todas as crianças deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com cesto. Chegando lá começaram a distribuir os doces entre si e comeram felizes. O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam; “Ubuntu”, como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes? Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade a essência daquele povo. “ou jamais teria proposto uma competição igual a essa”. “Ubuntu” significa “sou quem sou, porque somos todos nós”! São esses exemplos, a priori simples, que ensinam que tudo seria um pouco melhor se soubéssemos conviver e respeitar o semelhante. Fico feliz com a felicidade dele.  A mensagem nos conta que precisamos de pouco para buscar a tão sonhada felicidade. E está busca é o combustível que move a humanidade. É ela que nos força a estudar, trabalhar, ter fé, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, casar, separar, ter filhos e depois protegê-los. Ela nos convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas. Você vai sempre buscar a felicidade e atende para o detalhe: E não se é feliz pelo que tem, mas sim pelo que se é. A melhor maneira de buscar a felicidade é melhorar o pensamento. Pensar em coisas boas já é um bom começo. E esqueça a possibilidade: “se eu fosse tal pessoa seria feliz”. É preciso saber aproveitar cada momento que a vida nos proporciona. Isso é felicidade. Porque fazemos parte de um todo. Felicidade se compartilha. Aprenda a dividir e com certeza será mais feliz. Então “Ubuntu” para você. 



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