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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Piquenique no ribeirão...


Fábio Trancolin



Uma parte da turma da 6ª série de 1984 resolveu que iria fazer um piquenique... Fazíamos parte da galera que estudava à noite no Colégio do sol... Quem vai e para onde vai? Eu sabia que eu iria... Nem todos fizeram parte do passeio, mas aqueles que estavam sempre juntos estavam na lista. O fim do ano aproximava e, então, resolvemos fazer o passeio, um passeio de despedida do ano. Uma parte dessa turma já tinha feito um passeio anterior... As garotas lideradas pela Gilvânia preestabeleceram um ponto, nesse não vai ter bebida alcoólica, na turma tinha um que quando bebia, perdia a noção (era um sem noção) e para piorar era o motorista... Então isso ficou definido. Não tem, não vai ter... (hammm tá bom...).

Eu, o Nilton César e o Manoel éramos parceiros de noitadas, foram várias saídas com várias histórias... Algumas impublicáveis... Aprontamos muito... Saímos de opala, caminhonete cabine dupla e, também, a “gaisera” de carroceria de pau. Lembro um dia que ela apagou na porta do Zero grau, bar top da época, tinha que ser logo ali, ‘ah, nem’... Mas voltando ao passeio.


Então vamos... Vamos... Porém quando e aonde e quem vai? O dia foi o 2 de dezembro, o local escolhido o Ribeirão do Meio. E, a turma, eu, Manoel, Gilmar, Wagner, Nilton e Roberto, as meninas Gilvânia, Eurídes, as irmãs Vanda, Valdelene e Vanete e a Luzia (a Lu era a garota que eu adorava...) o véiculo uma Chevrolet 1960... Saímos domingo pela manhã, como combinado, nada de bebidas. Ao chegar ao local, o dia estava nublado, mas nada que estragasse o passeio, o lugar era lindo. Para surpresa geral, o Manoelito tira uma garrafa de 51 debaixo do banco... O Robertão à-toa como era, tirou outra garrafa da mochila... Indignação das garotas, surpresas dos outros... E fazer o quê? A “mardita” estava lá... Depois da cara amarrada de algumas... Fomos preparar o local do fogo para o almoço. O dia seguia tranquilo, o sol veio, brilhou e reinou... Fiz de tudo para que a Lu se interessasse e cedesse, mas nada... Oh, mina difícil! 


O dia chegava ao fim, foi um passeio bacana, porém como eu disse tinha bebida, o Manoel que gostava um tanto quanto, bebeu (e muito), os outros misturam com Coca-Cola e bebericavam... E na hora de ir embora o “chofer” estava além da conta... E só ele dirigia... Então vamos, tínhamos que voltar... E lá fomos nós pela estrada. No meio dela, ele parou para dar carona pra uma família (eles não sabiam o risco que corriam), estávamos em nove na carroceria, mais um toco que eu resolvi que traria e trouxe... Um cachorro que apareceu por lá... E não me lembro de quantos subiram na carona que foi dada... (sei que lotou)... O “motor” estava embriagado, e do retorno ele fez um rally, invadiu uma roça de milho, subiu no barranco, o toco apertou alguém, o cachorro assustado (não era só ele), não víamos a hora de chegar... As meninas queriam matar o Mané, principalmente, a Gil, pensei que ela iria bater nele (eles eram meio irmãos, a mãe da Gil era casada com o pai do Manoel)... Mas estávamos “protegidos” pelos amigos do Plano Maior, e chegamos bem em casa, todos são e salvos, o ruim da história é que a Luzia não cedeu... Mas, vale a pena relembrar essas aventuras nos tempos da adolescência...  E para animar o domingo ainda mais o Corinthians perdeu a final do paulistão naquele ano, 1x0 para o Santos!! É bom demais relembrar!!







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