Páginas

quinta-feira, 25 de abril de 2024

A primeira vez que eu vi o mar


A primeira vez que eu vi o mar foi um daqueles momentos que parecem gravados na memória com tinta permanente, uma lembrança que resiste ao tempo, naquela primeira vez que me deparei com o mar, foi como se uma nova dimensão se abrisse diante de mim.

Praia na cidade de Itanhaém

Lembro-me do momento em que nos conhecemos, num verão distante, lá no ano de 82, descendo a serra do mar pela Via Anchieta. Minha prima Cosete, com seu Opala vermelho, me levou até ti, embalados pelo som de "Garota Dourada – Radio Táxi", era o hit do momento tocando no rádio. “Navegando no teu mar, flutuando no teu ar, mergulhando em tua luz, vida... Deslizando no teu céu, me aquecendo em teu calor... Penetrando no teu corpo... Ela veio assim, meio afim de mim...  Eu não disse nem que sim, nem não... Garota Dourada...”

Rádio Táxi - 1982

E então, ali diante da tua vastidão azul, fui tomado por uma sensação indescritível, mergulhando na imensidão do teu horizonte. As praias na cidade de Itanhaém, foi que eu fui apresentado à imensidão do mar azul. Itanhaém é a segunda cidade mais antiga do Brasil, fundada em 22 de abril de 1532... Em tupi-guarani Itanhaém, significa "pedra que chora"...

Tantas outras vezes voltei a vê-lo, mas nada se compara a primeira vez... Não foi só areia da vez inicial, outras encontrei..., Do litoral sul ao norte andei, mas nada se compara a primeira vez que eu vi o mar... e me encantei... Caraguatatuba, São Sebastião e Peruíbe...  

Praia na cidade de São Sebastião


Praia na cidade de Caraguatatuba


Quero morar à beira-mar, onde cada amanhecer é um novo convite para me perder na tua imensidão azul. Onda que vem azul, todo azul do mar, como dizia a canção da época, e foi assim que me senti, imersa na vastidão do seu ser, como se estivesse pela primeira vez diante do mar. eu me encantei quando te vi... com todo azul do mar... tua imensidão... o teu cheiro e a tua voz que o vento traz... Onda que vem azul, todo azul do mar... Foi quando mergulhei no azul do mar... Foi assim, como ver o mar, foi a primeira vez que eu vi o mar...


Praia na cidade de Peruíbe



Praia na cidade de Peruíbe

Anseio por poder vê-lo e sentir sua presença todos os dias, como uma âncora segura em meio às tempestades da vida. Que possamos nos reencontrar em breve, para que eu possa mergulhar mais uma vez no azul do seu ser, como quem se reencontra com um antigo amigo perdido no tempo. Quero poder todos os dias te ver e te sentir... As estações vieram e foram, mas a ausência do seu som ainda ecoa nos meus ouvidos...  

 




terça-feira, 9 de abril de 2024

Os doces da infância


A infância é uma fase repleta de momentos marcantes, e entre eles, os doces ocupam um lugar especial em nossas memórias. Quem teve o privilégio de vivenciar essa época durante as décadas de 70 e 80 sabe bem do que estou falando. Entre essas lembranças doces, literalmente, estão os sabores que nos remetem a uma época repleta de inocência e alegria. Esses foram tempos dourados em que alguns dos doces mais inesquecíveis da história do Brasil estavam em alta, trazendo um sabor de nostalgia que perdura até os dias de hoje. Quem não se lembra dos Cigarrinhos Pan, das Balas Soft, dos Pirulitos Zorro e dos chicletes Ping Pong? Esses pequenos prazeres açucarados marcaram uma geração inteira.




Os Pirulitos Zorro, por exemplo, foram um fenômeno nos anos 70 e 80, conquistando a criançada. Enquanto isso, os chicletes Ping Pong, embora tenham sido lançados décadas antes, atingiram o ápice de sua popularidade durante essas décadas, tornando-se uma verdadeira febre entre os garotos, quantas coleções eles nos proporcionaram com as suas figurinhas... 





E que dizer dos deliciosos doces de batata e abóbora, das Balas Sete Belo, dos sorvetinhos de Maria Mole que vinham com um pequeno balão colado que para encher era uma certa dificuldade. O suco Ki-suco em sabores uva, laranja, morango e limão? A simples menção de seus nomes é capaz de fazer a boca salivar instantaneamente, transportando-nos de volta a uma era de pura inocência e prazer.   







Além disso, havia toda uma cultura ao redor dos doces, como as idas à venda da esquina ou ao armazém de alguém, onde era possível encontrar o tão desejado baleiro repleto de guloseimas. Era uma verdadeira festa rodar aquele baleiro e escolher entre tantas opções deliciosas. Ah, como era bom girar o baleiro e escolher entre tantas opções tentadoras! "Roda, roda, roda baleiro, atenção... Quando o baleiro parar ponha a mão...” Em meio a tantas lembranças açucaradas, uma coisa é certa: os doces da infância não eram apenas fonte de prazer, mas também de alegria e vínculos afetivos que perduram através do tempo, deixando-nos com um gostinho de saudade sempre que relembramos esses momentos doces e inesquecíveis.






Essas lembranças doces nos enchem de nostalgia e saudade, transportando-nos de volta a uma época mais simples e feliz. Afinal, quem poderia resistir ao encanto desses pequenos prazeres que marcaram nossa infância? Só de ler o nome de alguns, aposto que sua boca se encheu de água, não é mesmo?  E outros tantos que nos encheu de alegrias.... ir na venda da esquina e no armazém de alguém... roda baleiro, roda...