Fábio Trancolin
Lendo um artigo do Arnaldo Jabor, que é a pura verdade, se vendesse paciência na farmácia ou supermercados às pessoas iriam gastar boa parte do salário como esse produto. A falta de paciência tem nos acompanhado e causados sérios problemas. Porque será que a paciência está se esgotando? A agitação geral, o atropelo do trânsito, a competição desenfreada, o desrespeito aos espaços individuais. São cobranças feitas pelos outros que nem sabem por que cobram e por aqueles que são cobrados, e saem cobrando também por que se acham no direito. O homem moderno tem urgência, necessidades de cultivar a paciência, na condição de medicamentos preventivos contra inúmeros males. No dia-a-dia, acostumamos a reclamar de algumas pessoas que nos atendem em supermercados nas lojas ou um telefone que insiste em ficar ocupado. A impaciência é a “qualidade” que mais tem crescido no homem moderno. Tudo é motivo para que se perca a paciência, qualquer fila, ou atraso, a impaciência com os idosos, com as crianças. Professores com alunos e vice versa. Isso vai se tornando um ciclo, quando se vê, o problema está instalado. E o pior são os que perdem a paciência com a vida, tanto a deles quanto a dos outros, e assim banaliza, perde se o sentido, o respeito pelo o próximo. E a paciência se esgota. Conta-se uma historia: “Certo homem faminto e sem dinheiro, caminhando por uma estrada que margeava um rio caudaloso, viu no chão uma nota de cem reais encoberta pela poeira. Mais do que depressa a recolheu em suas mãos, e verificou surpreso, que se tratava apenas da metade da cédula. Irritado com a sua falta de sorte, amassou-a entre os dedos e jogou-a no rio. Ao andar mais alguns metros, deparou-se com a outra metade; no entanto, era tarde demais, porque a correnteza já havia levado a outra metade para bem longe de onde se encontrava”.