Fábio Trancolin
Quando
chegava o dia das crianças, sabíamos que íamos ganhar uma lembrancinha… mesmo
que simples, mas ganhávamos… eram outros tempos, tanto era, que certa vez
ganhamos “revolverzinhos”
de espoletas, brincávamos de polícia e ladrão… era tiro para tudo que era lado…
aqueles que morriam, “ressuscitavam” no final da brincadeira, mas tinha aqueles
amigos ‘imortais’, que eram ‘inatingíveis’, não era alvejado por nenhum tiro, todos que
nele era disparado, ‘pegava de raspão…’ porém, quando a guerra era de mamona e
torrão, não tinha como falar que não acertou, levou, levou mesmo… brincadeira
de criança como é bom… como é bom… guardo ainda na lembrança, como é bom…
Esconde-esconde, bola de gude, roda pião, stop, salva a bandeira (e outras
tantas…)… descíamos a ladeira com o carrinho de rolamento, sai da frente…
As boas lembranças nos fazem viajar, nos leva a um período sem preocupação, pois, a única preocupação era que o dia estava acabando, e tínhamos que voltar para casa… as risadas eram soltas e verdadeiras… todo dia era dia de diversão, as lágrimas também existiam, escorriam, mas logo secavam… Se eu pudesse, viveria como criança por todos os meus dias, mas crescemos, e muitas vezes esquecemos da verdadeira essência.