Nos idos dos anos 80,
quando eu ainda chamava São Paulo de lar, minha residência encontrava-se na rua
que sobre e desce e o número nunca aparece, como dizia a minha prima Claudia
Cristina, lá na sossegada Rua Embiruçu, na Penha. E entre as muitas recordações
que guardo daqueles dias, uma delas me remetem as tardes de domingos, quando sintonizava
a Rádio América para ouvir o Programa Clube dos Reis. Ah, como sinto falta
daquela época!
A cada bloco musical, a
nostalgia envolvia os acordes de quatro ícones imortais da música mundial: Bee
Gees, Beatles, Elvis e Roberto Carlos. Era uma verdadeira viagem no tempo, onde
as canções atuavam como pontes que nos transportavam para momentos passados,
repletos de emoção e significado.
Os acordes cativantes dos
Bee Gees ressoavam enchendo o ambiente com uma energia contagiante, enquanto as
harmonias dos Beatles nos faziam reviver os anos dourados da revolução musical.
Elvis, com sua voz inconfundível, nos transportava para um universo de romance
e rebeldia, e, é claro, Roberto Carlos, o Rei, nos envolvia com suas letras que
pareciam narrar os anseios e amores de toda uma geração.
Cada música era mais do
que uma simples melodia; era um fragmento de memória, um elo com o passado, uma
trilha sonora da vida. E à medida que os acordes eram ouvidos, deixavam para
trás um sentimento de gratidão por tempos que jamais serão esquecidos.
O Programa Clube dos Reis não era apenas um momento de entretenimento; era uma celebração da música que
ao longo do tempo permaneceu, permanece, e, permanecerá. E mesmo que os anos
tenham passado (o tempo não para...), essas lembranças continuam a brilhar como
estrelas no céu da minha memória, iluminando o caminho de volta para aqueles
dias de encanto e inocência. Ah, que saudade daqueles domingos à tarde,
sintonizando a rádio e deixando-me levar pelas canções eternas do Clube dos Reis.
Ah, como nos traz boas recordações
aqueles domingos à tarde, e tal como relata uma canção do Rei: “Jovens tardes de
domingo, tantas alegrias... velhos tempos... belos dias...”
daquele programa radiofônico que se tornou parte indissociável das minhas
lembranças mais queridas. Mas mesmo que o tempo tenha passado e que as
circunstâncias tenham mudado, a magia da música daquela época continua viva
dentro de mim, ecoando como um suave murmúrio que me lembra que, por mais que
as estações mudem, sempre haverá uma canção para nos fazer sentir em casa.
Esses quatro ícones da música,
ainda são ouvidos, suas canções estão em playlist espalhadas pelo mundo... e as
suas canções encantam e acalma ouvidos conectados as belas músicas do passado,
pois música boa não envelhece...