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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Memórias Musicais: O Futuro lembrará do presente, como nós não esquecemos do Passado?




A música sempre foi uma poderosa expressão da alma humana, atravessando gerações e culturas. Para muitos, a música das décadas passadas, especialmente dos anos 50, 60, 70 e 80, representa um tesouro cultural inestimável. Essas décadas foram marcadas por uma riqueza sonora e uma profundidade lírica que, para muitos, parecem ter se perdido com o tempo.

O avanço da tecnologia, a globalização e a cultura de massa parecem ter contribuído para um empobrecimento da música, que, em muitos casos, se tornou mais um produto de consumo rápido do que uma verdadeira forma de arte. A música, que antes era uma expressão artística profunda, começou a perder sua essência, transformando-se em algo mais superficial e, muitas vezes, em um mero barulho. É triste constatar que o que antes acalmava e nutria a alma, agora pode ferir os ouvidos.


Caminhar pelas ruas hoje é uma experiência sonora muito diferente do que costumava ser. O que escuto vindo das caixas de som nas portas dos comércios, nos botecos e nos carros com som alto, é uma agressão auditiva. Pior ainda é o desrespeito por parte de alguns que, sem noção e sem educação, impõem suas escolhas musicais aos outros. As regravações de sucessos antigos, que poderiam ser uma homenagem ao passado, muitas vezes falham miseravelmente, resultando em interpretações que não chegam nem perto do nível das originais. Essa mudança na qualidade musical também é visível nas letras, que muitas vezes carecem de profundidade e sofisticação. O funk, por exemplo, é frequentemente citado como um gênero que simboliza esse empobrecimento, especialmente em suas versões mais populares e comerciais.


Músicas que têm mais de 40, 50 anos ainda fazem sucesso, provando sua qualidade e relevância atemporal. Mas, olhando para o futuro, a questão que fica é: será que alguém lembrará da música de hoje como nós lembramos do passado? Será que as gerações futuras encontrarão na música atual a mesma riqueza e profundidade que nós encontramos nas obras das décadas passadas? É uma reflexão que vale a pena fazer, especialmente quando consideramos o impacto duradouro que a música pode ter em nossas vidas.

 





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