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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Lar dos vovôs: Caridade e bondade


Fábio Trancolin

ABAL - Rua Gumercindo Ferreira
Caridade e bondade, as irmãzinhas do bem andando juntas e auxiliando sempre. E quando se fala em auxiliar com bondade e mãos caridosas, um nome vem à mente “ABAL”... O que é ABAL? Muitos me perguntaram muito isso. ABAL é Associação Beneficente André Luiz. Que nasceu em 1962 em algumas simples casinhas no fundo da Vila Borges. E um dia após o meu nascimento ela se mudou para o centro da cidade, era o dia 7 de setembro de 1968, ela se estabeleceu na Rua Gumercindo Ferreira e ali foram 20 anos até que em 1988 ela foi para onde está até hoje na Vila Amália. E sempre ajudando ao próximo.

ABAL - Rua Gumercindo Ferreira

A ideia foi sempre de acolher os idosos mais carentes, desprovidos de qualquer renda, que estejam em situação de risco, vivendo nas ruas e abandonados por seus familiares, ou ainda aqueles que possuem familiares, mas que, às vezes, não têm as condições da família cuidar. O principal é dar a esses idosos um lar digno e acolhedor, respeitando as diferenças de cada um. E oferecer aos idosos uma moradia adequada às suas necessidades físicas e emocionais, garantindo um ambiente harmonioso e tranquilo onde eles possam se sentir protegidos. 


Lar dos vovôs

Eu morava próximo ao abrigo e sempre passava na porta e lá estavam os ‘velhinhos’ sentados nos bancos ‘esquentando sol’ e vendo o tempo passar que naquela época demorava passar... E, lá dentro, as mãos amigas e caridosas a todos atendiam com a paciência, aquela paciência que o Mestre pediu que fizessem. Depois que ela mudou para a Vila Amália, muito ela cresceu e a possibilidade de atender mais idosos foi melhorando cada vez mais, o quadro de funcionários aumentou, as dificuldades também... Mas, como o Plano Maior não desampara, a ajuda sempre vem.



Muitos idosos ali passaram seus últimos dias, personagens da nossa história, ‘Pedro Biriba’, ‘Paulinho da Pirráia’, ‘Maria Peituda’ foram alguns que foram protegidos pelas mãos da caridade. E hoje mais de cem amparados ali estão... Entre eles os meus bons amigos João Furquim com seu jeito pacato, tranquilo, fala mansa e tristeza no olhar. O Eduardo Costa carinhosamente chamado de Teleco que outrora foi um dos melhores ourives que a cidade já teve. O Silvio com o teu jeito galanteador. Quando desenvolvi o Trabalho de Conclusão de Curso, tive a oportunidade de conhecer mais profundamente as histórias, os desgostos e os medos de cada um... A Tia Célia que assim era carinhosamente chamada com seus 107 anos e nos deixou esse ano. A Dona Márcia a “vovózona” que uma semana depois da nossa apresentação do TCC, também, nos deixou retornando à Pátria Espiritual. 

Teleco e Furquim



Dona Márcia - Vovózona



Dª Célia viveu até os 107 anos no Lar 
E, para finalizar, não tem como falar do ‘Lar dos vovôs’ (nome carinhoso que foi instituído no ano passado na comemoração de 50 anos da instituição) e não citar a luminosidade da bondade de Ulisses Luz, que há 25 anos cuida da casa, ampara, orienta, sempre com a voz mansa e calma trás uma palavra de esperança. Agora que você conhece um pouco da história da ABAL, Lar dos vovôs... Que tal em ir até lá e fazer uma visita e conhecer um pouco mais.
  




Ulisses Luz 




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