Fábio
Trancolin
1989 em São Paulo aos 21 anos |
Sempre
fui apaixonado por música, amo música. Difícil ficar sem, não trabalho sem os
fones nos ouvidos. E por falar em boa música e como eu adoro viajar no tempo,
volto aos anos 80, em minha opinião, a melhor época da música, seja
internacional ou nacional. Década das melhores bandas de rock nacional, foi uma
safra e tanto aqueles anos dourados
musicalmente falando, Legião Urbana, Capital Inicial, Roupa Nova, Blitz, Barão
Vermelho, Biquíni Cavadão, Titãs, RPM, Kid Abelha e vários outros, algumas das
bandas internacionais, Duran Duran, Culture Club, U2, Queen, Journey, Genesis,
Chicago, Cindy Lauper, Rod Stewart, Toto, The Police, Madonna e o A-ha, a lista
é imensa...
Na
minha casa, não tinha toca-discos, só radio AM, a Frequência Modulado ainda não
tinha chegado. As boas músicas vinham através da TV e, à noite, no rádio,
conseguíamos sintonizar a frequência de Rio-São Paulo. Quando a FM chegou a Rio
Verde na metade da década de 80 eu só tinha um radinho Motorádio AM, e ouvia a
FM na rua, casa de amigos, porta de colégio ou quando o vizinho aumentava o
volume, só assim pra ouvir “a voz de quem
se ama” esse era o slogan da eterna amiga Arlen Matos, hoje estou
sintonizado a ela online todos os dias na Rádio Executiva, Goiânia e, quando
termina o horário dela, a frequência muda para a Alpha FM - São Paulo.
Na
década de 80, todos os dias às tarde na TV Bandeirante, passava um programa que
eu adorava, era o Super Special,
falava tudo sobre música. Entre vários clips que tive oportunidade de ver, uma
banda chamou-me a atenção, era o A-ha, que inovou com vídeos clips, os das músicas
Hunting high and low, e Take on me, marcaram época, me tornei fã
da banda norueguesa lançada em 1984. Quando fui morar em São Paulo, tive a
oportunidade de adquirir o meu primeiro aparelho de som 3em1, um Sharp que eu
comprei no Largo oito de setembro na Penha, nas Lojas Buri. Era uma felicidade
entrar no Mappin ou nas lojas das Avenidas São João e Ipiranga, ali folheava os LPs, vários comprei. É claro
que os do A-ha foram os primeiros, eles já tinham lançado dois; o ‘Hunting and low’ e o ‘Scoundreal Days’. E fui juntando,
diversificando, sempre fui muito eclético em questão de música, de Raul Seixas
a Beatles, Elvis a Oswaldo Montenegro, Chrystian e Ralf a Cazuza... E as
maravilhosas baladas do Air Supply... O importante é a boa música.
Morando
em São Paulo, tive a oportunidade de ver vários shows e me arrependi de não ter
visto vários outros... Nas sextas-feiras no vão do Viaduto do Chá, tinha o
projeto das 18:00 horas, ali tive a oportunidade de ver gratuitamente, Sá &
Guarabira, Fagner, Roupa Nova, Biquíni Cavadão, Capital Inicial, Pepeu &
Moraes Moreira, Elba Ramalho, Zezé Di Camargo & Luciano, Belchior, Fábio
Junior, Banda Cheiro de Amor, RPM, e Lulu Santos... No Olímpia eu fui ver o Rei
Roberto Carlos... Na noite de domingo de 17 de março de 1989, no Parque
Antártica o show que entrou para história, o A-ha, no estádio do meu Alviverde imponente,
eu tive a oportunidade de presenciar os noruegueses Morten, Paul e Magne darem
um verdadeiro espetáculo.
O
tempo passou, a música sofreu uma grande mudança, e muita coisa ruim
comercialmente falando apareceu, alguns insistem em colocar no som automotivo
uma coisa chamada funk e uma batida insuportável que afeta os ouvidos de quem
gosta de música. Por isso, a viagem no tempo da boa música e nos ouvidos os ‘foninhos’ sintoniza a rádio leve da cidade na voz de veludo, é muito melhor com você.