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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O importante é a boa música


Fábio Trancolin 
1989 em São Paulo aos 21 anos
Sempre fui apaixonado por música, amo música. Difícil ficar sem, não trabalho sem os fones nos ouvidos. E por falar em boa música e como eu adoro viajar no tempo, volto aos anos 80, em minha opinião, a melhor época da música, seja internacional ou nacional. Década das melhores bandas de rock nacional, foi uma safra e tanto aqueles anos dourados musicalmente falando, Legião Urbana, Capital Inicial, Roupa Nova, Blitz, Barão Vermelho, Biquíni Cavadão, Titãs, RPM, Kid Abelha e vários outros, algumas das bandas internacionais, Duran Duran, Culture Club, U2, Queen, Journey, Genesis, Chicago, Cindy Lauper, Rod Stewart, Toto, The Police, Madonna e o A-ha, a lista é imensa...


Na minha casa, não tinha toca-discos, só radio AM, a Frequência Modulado ainda não tinha chegado. As boas músicas vinham através da TV e, à noite, no rádio, conseguíamos sintonizar a frequência de Rio-São Paulo. Quando a FM chegou a Rio Verde na metade da década de 80 eu só tinha um radinho Motorádio AM, e ouvia a FM na rua, casa de amigos, porta de colégio ou quando o vizinho aumentava o volume, só assim pra ouvir “a voz de quem se ama” esse era o slogan da eterna amiga Arlen Matos, hoje estou sintonizado a ela online todos os dias na Rádio Executiva, Goiânia e, quando termina o horário dela, a frequência muda para a Alpha FM - São Paulo. 



Na década de 80, todos os dias às tarde na TV Bandeirante, passava um programa que eu adorava, era o Super Special, falava tudo sobre música. Entre vários clips que tive oportunidade de ver, uma banda chamou-me a atenção, era o A-ha, que inovou com vídeos clips, os das músicas Hunting high and low, e Take on me, marcaram época, me tornei fã da banda norueguesa lançada em 1984. Quando fui morar em São Paulo, tive a oportunidade de adquirir o meu primeiro aparelho de som 3em1, um Sharp que eu comprei no Largo oito de setembro na Penha, nas Lojas Buri. Era uma felicidade entrar no Mappin ou nas lojas das Avenidas São João e Ipiranga, ali folheava os LPs, vários comprei. É claro que os do A-ha foram os primeiros, eles já tinham lançado dois; o ‘Hunting and low’ e o ‘Scoundreal Days’. E fui juntando, diversificando, sempre fui muito eclético em questão de música, de Raul Seixas a Beatles, Elvis a Oswaldo Montenegro, Chrystian e Ralf a Cazuza... E as maravilhosas baladas do Air Supply... O importante é a boa música. 



Morando em São Paulo, tive a oportunidade de ver vários shows e me arrependi de não ter visto vários outros... Nas sextas-feiras no vão do Viaduto do Chá, tinha o projeto das 18:00 horas, ali tive a oportunidade de ver gratuitamente, Sá & Guarabira, Fagner, Roupa Nova, Biquíni Cavadão, Capital Inicial, Pepeu & Moraes Moreira, Elba Ramalho, Zezé Di Camargo & Luciano, Belchior, Fábio Junior, Banda Cheiro de Amor, RPM, e Lulu Santos... No Olímpia eu fui ver o Rei Roberto Carlos... Na noite de domingo de 17 de março de 1989, no Parque Antártica o show que entrou para história, o  A-ha, no estádio do meu Alviverde imponente, eu tive a oportunidade de presenciar os noruegueses Morten, Paul e Magne darem um verdadeiro espetáculo. 


O tempo passou, a música sofreu uma grande mudança, e muita coisa ruim comercialmente falando apareceu, alguns insistem em colocar no som automotivo uma coisa chamada funk e uma batida insuportável que afeta os ouvidos de quem gosta de música. Por isso, a viagem no tempo da boa música e nos ouvidos os ‘foninhos’ sintoniza a rádio leve da cidade na voz de veludo, é muito melhor com você.   











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