Fábio Trancolin
Sábado depois do
almoço fui me interar das noticias, e a primeira que vi, era que Rubem Alves
tinha retornado ao Plano Maior. Desencarnava um dos meus autores favoritos,
Mestre na arte de escrever, e apaixonado pela educação. Sonhador como muitos
que tem a arte da paixão dos livros. Mineiro de Boa Esperança. Há sempre uma
esperança onde se tem livros... Fazia aniversário no mesmo dia que a minha mãe,
e era do nosso setembro primaveril. Ele foi O poeta, o guerreiro e o profeta...
Ele tinha Alegria de ensinar. Essas
frases caem tão bem, e são dois títulos de livros que ele escreveu.
Certa vez assistindo
uma entrevista dele, ele disse que: ‘Só
fale se sua fala for melhorar o silêncio... Eu prefiro o diálogo, eu prefiro
conversar... E ninguém pensa em escutar, todo mundo quer falar... Falar é uma arte, quando se fala pouco e se
escuta muito... Isso é a arte de aprender a ouvir, então aprenda com o
Mestre. E nas Casas Espíritas sempre se encontra essa frase: O silêncio é uma
prece, deveríamos colocar isso em pratica, pois isso nos ajudaria muito na
nossa jornada.
E esticado no sofá
e com o controle na mão, aperta um, dois e outros tantos números, aparece
ele... Lá estava ele de forma serena e com voz tranquila e cansada numa
entrevista concedida em 2012: Algumas coisas eu guardei na memória sobre o que
ele disse: ‘O professor não morre nunca,
pois ensinar é o exercício da imortalidade... Eu espero estar vivo depois de
morrer, espero que as pessoas se lembrem de mim, eu estarei vivo quando as
minhas frases forem citadas... E quando alguém falar... Ah, o Rubem eu tenho saudade dele... Isso é
que é imortalidade’. Eternidade não é o tempo sem fim... Tempo sem fim é
insuportável... Tudo que é belo tem que terminar... Cada momento de beleza
vivido e amado que efêmero que seja, é uma experiência completa que está
destinada a eternidade... Um único momento de beleza justifica a vida
inteira...
Essa é uma pequena
homenagem a ele que se foi, e ficou... Está imortalizada nos livros, nos
pensamentos, textos e frases que deixou.
Na minha estante tem alguns... E nas bibliotecas de outros tantos,
espero que a procura aumentem nas prateleiras das livrarias... Não tenho muitos,
se possível fosse gostaria de ter todos. E entre os que eu tenho um guardo com
muito carinho, ‘As melhores crônicas de
Rubem Alves’, E esse livro me foi presenteado por uma pessoa mais que
especial, e hoje quando escrevo essa crônica, é dia do amigo. Obrigado pelo
presente adorável Arlen Matos, que também tem o Rubem Alves como o seu autor
favorito. E espero um dia também ter as minhas crônicas publicadas: As crônicas de Fábio Trancolin.