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segunda-feira, 21 de julho de 2014

O Poeta Rubem Alves


Fábio Trancolin

Sábado depois do almoço fui me interar das noticias, e a primeira que vi, era que Rubem Alves tinha retornado ao Plano Maior. Desencarnava um dos meus autores favoritos, Mestre na arte de escrever, e apaixonado pela educação. Sonhador como muitos que tem a arte da paixão dos livros. Mineiro de Boa Esperança. Há sempre uma esperança onde se tem livros... Fazia aniversário no mesmo dia que a minha mãe, e era do nosso setembro primaveril. Ele foi O poeta, o guerreiro e o profeta... Ele tinha Alegria de ensinar. Essas frases caem tão bem, e são dois títulos de livros que ele escreveu.


Certa vez assistindo uma entrevista dele, ele disse que: ‘Só fale se sua fala for melhorar o silêncio... Eu prefiro o diálogo, eu prefiro conversar... E ninguém pensa em escutar, todo mundo quer falar...  Falar é uma arte, quando se fala pouco e se escuta muito... Isso é a arte de aprender a ouvir, então aprenda com o Mestre. E nas Casas Espíritas sempre se encontra essa frase: O silêncio é uma prece, deveríamos colocar isso em pratica, pois isso nos ajudaria muito na nossa jornada. 

E esticado no sofá e com o controle na mão, aperta um, dois e outros tantos números, aparece ele... Lá estava ele de forma serena e com voz tranquila e cansada numa entrevista concedida em 2012: Algumas coisas eu guardei na memória sobre o que ele disse: ‘O professor não morre nunca, pois ensinar é o exercício da imortalidade... Eu espero estar vivo depois de morrer, espero que as pessoas se lembrem de mim, eu estarei vivo quando as minhas frases forem citadas... E quando alguém falar...  Ah, o Rubem eu tenho saudade dele... Isso é que é imortalidade’. Eternidade não é o tempo sem fim... Tempo sem fim é insuportável... Tudo que é belo tem que terminar... Cada momento de beleza vivido e amado que efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada a eternidade... Um único momento de beleza justifica a vida inteira...


Essa é uma pequena homenagem a ele que se foi, e ficou... Está imortalizada nos livros, nos pensamentos, textos e frases que deixou.  Na minha estante tem alguns... E nas bibliotecas de outros tantos, espero que a procura aumentem nas prateleiras das livrarias... Não tenho muitos, se possível fosse gostaria de ter todos. E entre os que eu tenho um guardo com muito carinho, ‘As melhores crônicas de Rubem Alves’, E esse livro me foi presenteado por uma pessoa mais que especial, e hoje quando escrevo essa crônica, é dia do amigo. Obrigado pelo presente adorável Arlen Matos, que também tem o Rubem Alves como o seu autor favorito. E espero um dia também ter as minhas crônicas publicadas: As crônicas de Fábio Trancolin. 



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