As praças da minha
infância guardam memórias preciosas, e entre elas, a Praça 13 de Maio, cujo
nome presta homenagem a uma data marcante na história do século XIX. A época
que cito são os meados da década 70, a praça era um lugar pequeno não era um
grande espaço, um ambiente aconchegante, onde as brincadeiras e as histórias se
entretinham de maneira única. Nesse espaço singular, as lembranças se entrelaçam
com as transformações que o tempo impôs, moldando a identidade do local.
Ao contrário de muitas praças, a 13 de maio não ostentava balanços tradicionais, e seus bancos não eram esculpidos em madeira, mas firmemente construídos em cimento. Nas lembranças me veem nesse momento, no local que hoje se encontra o prédio residencial Hibisco, era um enorme buraco, enquanto do outro lado, uma descida íngreme proporcionava aventuras para quem se atrevia a deslizar em carrinhos de rolamento, uma experiência cheia de adrenalina.
Na esquina da praça, situava-se o tradicional Bar da Terezinha, ali os meninos pegavam os carrinhos para vender picolé, "olha picolé e juju..." eram as palavras que ecoavam, pelas ruas. Tempos mais tarde, ao lado do bar testemunharia a ascensão da Churrascaria Fogo de Chão, um ponto de encontro, ali estive algumas vezes, não com tanta frequência como eu gostaria de ter vivido.
Para aqueles que não viveram
esse período da cidade, através desse relato serve como uma janela para o
passado, revelando a essência do lugar que agora chamamos de nosso. Que essas
lembranças repercutam através das gerações, conectando-nos com as raízes que
moldaram a comunidade que hoje nos acolhe. A praça e sua a praça é nossa.