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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

A praça 13 de maio


 

As praças da minha infância guardam memórias preciosas, e entre elas, a Praça 13 de Maio, cujo nome presta homenagem a uma data marcante na história do século XIX. A época que cito são os meados da década 70, a praça era um lugar pequeno não era um grande espaço, um ambiente aconchegante, onde as brincadeiras e as histórias se entretinham de maneira única. Nesse espaço singular, as lembranças se entrelaçam com as transformações que o tempo impôs, moldando a identidade do local.


Ao contrário de muitas praças, a 13 de maio não ostentava balanços tradicionais, e seus bancos não eram esculpidos em madeira, mas firmemente construídos em cimento. Nas lembranças me veem nesse momento, no local que hoje se encontra o prédio residencial Hibisco, era um enorme buraco, enquanto do outro lado, uma descida íngreme proporcionava aventuras para quem se atrevia a deslizar em carrinhos de rolamento, uma experiência cheia de adrenalina.

Na esquina da praça, situava-se o tradicional Bar da Terezinha, ali os meninos pegavam os carrinhos para vender picolé, "olha picolé e juju..." eram as palavras que ecoavam, pelas ruas. Tempos mais tarde, ao lado do bar testemunharia a ascensão da Churrascaria Fogo de Chão, um ponto de encontro, ali estive algumas vezes, não com tanta frequência como eu gostaria de ter vivido.

Na outra esquina, o Transporte Rodoviário Caçula desempenhava um papel fundamental, realizando muitas entregas pelas estradas de terra da época. Na parte de cima da praça localizava a caixa d'água cachopa, embora não pertencesse à minha época, teve suas histórias contadas através das narrativas de meu pai.


Assim, eu, como um contador de histórias, através das minhas lembranças que trago na memória preservo a herança da Praça 13 de Maio, que merece um cuidado especial, a praça e sua a praça é nossa. Aos que estão chegando, aos que chegaram a pouco, saibam que este lugar foi mais do que um simples endereço. Foi um palco de vivências, um ponto de convergência para gerações passadas e presentes. Ao ler estas palavras, que se entrelaçam com as lembranças desse espaço, você conhece não apenas a geografia física, mas a essência do lugar. Que a narrativa desta praça continue viva em cada história contada, preservando a identidade e a alma desse pedaço especial de nossa cidade.

Para aqueles que não viveram esse período da cidade, através desse relato serve como uma janela para o passado, revelando a essência do lugar que agora chamamos de nosso. Que essas lembranças repercutam através das gerações, conectando-nos com as raízes que moldaram a comunidade que hoje nos acolhe. A praça e sua a praça é nossa.








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