Torrefação
Café Rio Verde – Rua Costa Gomes – Década de 70
O café, o
delicioso e saboroso café. O café é originário das terras altas
da Etiópia, em um local chamado Kaffa. Porém, a palavra
"café" não é originária de Kaffa, e sim da palavra árabe qahwa,
que significa "vinho”. Por esse motivo, o café era conhecido como
"vinho da Arábia" quando chegou à Europa no Século XIV.
Sua expansão
gradual rumo ao sul culminou na chegada à região do Rio de Janeiro por volta de
1760. No entanto, sua verdadeira ascensão e consolidação como um pilar
econômico brasileiro ocorreriam no início do século XIX, quando a produção em
escala comercial para exportação ganhou impulso.
O café brasileiro encontrou terreno fértil nos mercados consumidores da Europa e dos Estados Unidos, impulsionando a demanda e, consequentemente, a produção em larga escala. Esse fenômeno foi fundamental para a consolidação do Brasil como um dos principais produtores e exportadores de café do mundo.
Nas tardes o aroma do café torrada invadia as narinas dos gentílicos. Um cheiro agradável e convidativo. Nas tardes o cheiro de café dançava no ar, aroma torrado, invadia as varandas entrando pelas janelas, um convite ao agrado. O café, confidente, guardado nas antigas memórias. Em cada xícara, um ritual sagrado. Nas tardes serenas, o aroma do café moído na hora, dançava no ar, um convite cativante e envolvente, que atraia a gente. O perfume da torrefação, fragrância que envolvia as narinas. Assim, nas tardes, o café se fazia arte, aroma e sabor. Pelos sentidos, um convite atraente, café, poesia que enche a vida de instante.
Como diz uma canção, “oxalá o outono em vez de folhas secas, todos numa colheita de vida e fé, semear uma planície com laranja e manga, oxalá que chova café... Pra que na lá roça ninguém sofra tanto, oxalá que chova café no campo, pra que no agreste ouçam esse canto, oxalá que chova café no campo...”
A Tia Celinha certa vez foi garota propaganda em um comercial de televisão, falando da tradicional marca do Café Rio Verde, “essa marca faz parte da nossa família, desde 1958...” essa era a fala dela, enquanto coava o delicioso café... isso era a pura verdade, fazia mesmo... nos mercados e armazéns da época, íamos comprar o café torrada e moído na hora, tinha os pacotinhos verde e vermelho de 250 e 500 gramas que levamos para casa ainda quente.
No ano 1986, veio a mudança para o setor industrial, na saída para Itumbiara, assim ela virou uma indústria, deixando de ser a torrefação no centro da cidade. Em 2009, a família encerra as atividades empresarial, a marca continuou... Boas lembranças ficaram dessa tradicional marca 100% de Rio Verde. Essa marca por muitos anos atendeu a comunidade Rio-verdense. Somos gratos pela família do Seu Jerson, por nos proporcionar essa história.