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terça-feira, 30 de julho de 2024

A Serra das Galés – Cálice de Pedra



Cálice de Pedra ou Pedra da Taça

A cidade de Paraúna eu conheço de longa data, mas a Serra da Galés eu tive o prazer de conhecer em 2008. Naquela época, eu trabalhava no Campeão Supermercados e tivemos a oportunidade de visitar o parque através de um convite dos representantes do Vinho Cálice de Pedra. Em uma manhã de sábado, visitamos a fazenda onde são produzidas as uvas e a vinícola, que foi inaugurada em 02 de junho de 2007.

Tudo começou com o médico Sebastião Ferro, que já foi prefeito do município e que eu conheci em 1986, durante a campanha política daquele ano. Ele iniciou um sonho em pleno cerrado: o cultivo da uva. Foram plantados 3 hectares das primeiras sementes desse novo projeto, marcado pela inovação e pioneirismo. O enólogo Valdir Cristofoli é o responsável técnico pela produção e pelo controle de qualidade dos produtos.

A marca da Vinícola Serra das Galés foi desenvolvida para retratar a força do cerrado, sua beleza singular e diversidade, por meio da estilização da Pedra do Cálice, o principal monumento e símbolo natural da Serra das Galés.

O Parque Estadual de Paraúna foi criado em 2002, com o objetivo de preservar os monumentos geológicos da região. A Serra da Galés está dentro do Parque Estadual de Paraúna (PEPA), que foi estabelecido pelo Decreto nº 5.568, de 18 de março de 2002, para preservar características de beleza cênica e amostras de ecossistemas do Bioma Cerrado.

Um local que vale a pena conhecer: o Parque abriga formações geológicas raras, incluindo a Pedra do Cálice, também conhecida como Cálice de Pedra ou Pedra da Taça. Esta formação rochosa está situada na Serra das Galés e é famosa por sua beleza e pelas esculturas naturais esculpidas pelo vento ao longo de milhares de anos. Entre as formações que se destacam estão figuras que se assemelham a animais, pessoas e objetos, como a tartaruga, a bigorna, os três Reis Magos e a índia, que receberam nomes que refletem suas formas impressionantes.

 

Cálice de Pedra ou Pedra da Taça







Enólogo Valdir Cristofoli 






Sebastião Ferro





segunda-feira, 8 de julho de 2024

Fragmentos de um passado


 

Eu tenho andado um tanto quanto nostálgico, ou melhor, eu sou... O vento sopra em volta dos meus ombros, sinto que estou envelhecendo. Vejo fotografias antigas e lugares que me lembro, esses lugares foram tombados, não pelo patrimônio, mas por alguém que não gosta de história, mas estão preservados nas minhas memórias.

Trago em minha mente cheiros e sabores... cheiros que remetem a lugares que trazem muita saudade... cheiro da venda da esquina, com seu balcão e o baleiro em cima... maria mole, suspiro, pirulito de assobio... roda baleiro, roda... cheiro de final de tarde... cheiro de rosca de coco... tem Mirinda, olha o sorriso da menina...

Nesse momento me veio na mente a frase de um poeta: “Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso, que eu me lembro ter dado na infância...” e foram tantos... corre menino, vem ver o circo passar... minha pipa tá no ar... lembro da jabuticabeira, da mangueira e da goiabeira... kichute novo, era tênis para escola, era a minha chuteira... bicicleta que não era nova, mas me levava a todos os lugares... estilingue, rolamento, figurinhas e as bolinhas de gude, alguém disse que era biloca... Bilboquê, que erradamente chamávamos de biloquê... esse eu fiz pra você...

Chuva não fazia mal, era cheiro de terra no quintal... enxurrada trazia alegria para a molecada... vento, ventania, levanta a saia da menina... vento, ventania, traz lembranças de cheiro de infância... tu vens, vem vindo, trazer lembranças de um menino... não importava se era segunda ou domingo...

O tempo, meu amigo, é um companheiro fiel que carrega consigo as marcas das nossas histórias. Cada brisa, cada aroma, cada lembrança são como fragmentos de um passado que não se perde, mas se transforma em poesia.